Ler, entre tantas possibilidades, inspira a criação textual. Mari, Helen e Maria Clara exploraram a escrita poética. Felipe desenvolveu uma narrativa. Nossa biblioteca sempre aberta a novas experimentações. Afinal de contas, somos infinitos em nossas humanidades. O destino humano deveria ser tão somente esse: as estradas infinitas do belo, da sabedoria e do conviver justo e solidário.
Cremos que esse é um outro matiz de nossa biblioteca: percorrer outros modos de fomentar descobertas do mundo por meio de leituras. Alguns deles nos são bastante valiosos: diálogos, desenhos, vivências teatrais... Queremos beber do humano em muitas fontes.
Na manhã de sábado, com ventos amenos e frescos, na Praça dos Orixás, fomos presenteados pela presença de famílias. Não gravamos ainda o nome de todos (desculpem-nos). Maria Luiza e sua prima; Heitor, sua irmã e avó; as gêmeas Maria Luiza e Maria Laura, seus dois irmãos e sua mãe; Gabriele e seu pai. Leram, conversaram, desenharam...
Uma criança desenvolveu atividades de alfabetização. Uma biblioteca numa praça é um campo aberto. Explorar essas aberturas é nosso dever ético em prol do espraiar humano.
Ao final, aproveitando o vento, Heitor fez um avião de papel e exercitou inúmeros voos. Sempre reinventando o design do avião. Gratidão, Orixás!
O que nos deixa calmo? Iniciamos nossa roda de conversa com essa indagação. “Vir para o projeto nos deixa calmo”. E como nos sentimos quando estamos calmos. “Felizes”; “alegres”. O que nos faz felizes e calmos? “O celular”; “ficar no quarto”; “brincar”; “imaginar”. O que a nossa imaginação sugere como calma? “Uma borboleta”... Essa roda de conversa é interminável. Trouxemos Vinícius de Moraes com seu poema “As Borboletas”. Só para recordar, segue a primeira estrofe:
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.
E as crianças brincaram na luz...
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