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Foto do escritorHumanismo Caboclo

Estranhamentos e persistências: as muitas fórmulas de nossa biblioteca

Praça é espaço de vivências múltiplas. Jovens, adultos e idosos fazem caminhadas. Crianças correm, pedalam, brincam. Adultos jogam futebol no campo. Galinhas da vizinhança ciscam e alimentam-se. Grupos de jovens que oram e trocam experiências... E um grupo de crianças que leem.

As pessoas estranham uma biblioteca numa praça, mas não estranham uma biblioteca fechada na escola ou, quando aberta, não emprestar livros para as crianças matriculadas na mesma escola. Afinal de contas, o que é mais estranho?



No Parque Ambiental da Macaúba, zona sul de Teresina, recebemos visitas de quatro crianças. Cada uma com sua curiosidade e interesse. Expomos os livros sobre mesas pois facilita o acesso e o manuseio dos livros por cada criança leitora. Importante que as crianças percebam o livro: a capa, as figuras, folheiem... Ao interagir com os livros, as crianças leitoras exploram seus interesses e imaginação. Depois da escolha, leva o livro para uma das mesas e lê. Se não gosta do livro, devolve e pega outro. Nada é obrigatório (a não ser o zelo e relativo silêncio).



Mais um final de tarde belo, e, triste. Belo pois o entardecer em Teresina é sempre delicado, mágico e encantador. Triste pois não tivemos pelo terceiro domingo seguido nenhuma criança leitora. O que fazer? Eu e as duas educadoras, extensionistas da Licenciatura em Ciências Sociais (Uespi), iniciamos um bate-papo com essa indagação. Em meio às ideias, o menino Gustavo apareceu silencioso e ensimesmado. Entendemos que devíamos persistir.


Até o próximo final de semana!



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