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Foto do escritorHumanismo Caboclo

“LEITURAS E DESCOBERTAS DO MUNDO” COMPLETA UM ANO NA PRAÇA DOS ORIXÁS

Por que promover a leitura entre crianças? Para desenvolver a apreciação literária? Para favorecer a leitura e a escrita? Não! Lê-se para potencializar o viver.

Foto: Luciano Melo

Neste um ano do projeto “Leituras e Descobertas do Mundo”, parte do programa de extensão Humanismo Caboclo, temos lutado para que crianças do bairro São Joaquim explorem a vida pelos estímulos das narrativas infantis. Isso mesmo: explorar a vida. Não se trata tão somente de conhecer histórias. O convite é outro: como, naqueles momentos voltados para o “ler”, encontro comigo mesmo e todo o mundo a minha volta? Particularmente, essa é a experiência que tenho com leitura desde criança. O leitor traz para a vivência da leitura todas suas emoções, histórias, sonhos, problemas e vontades de vida. O leitor é a pessoa e não uma figura estranha definida abstratamente como leitor.

Foto: Luciano Melo

Nossa biblioteca móvel é montada todo sábado, na praça dos Orixás (parte do projeto Lagoas do Norte), bairro São Joaquim (zona norte de Teresina) e funciona das 8h30min até às 10h. Conta com um acervo diverso de livros infantis porque diversa é a vida e as pessoas. O convite inicial é de abrir um livro e ler. Aquela criança que ainda não possui competência leitora tem o acompanhamento de um educador-leitor que partilha aquela narrativa.


A leitura é uma oportunidade para rir, conhecer, trocar ideias sobre as experiências narradas mas também sobre as experiências vividas pelas pessoas. Cada vez mais exploramos a superação da ideia fria do “leitor” em favor da pessoa que explora narrativas. Essa exploração é repleta de referência do campo de existência de cada pessoa. Não somente deciframos palavras e compreendemos enredos: recriamos a narrativa literária a partir das inúmeras vivências de casa pessoa.

Foto: Luciano Melo

Também fomentamos a exploração do livro pelas crianças. Elas o manipulam, apontam desenhos, interpretam, inventam nossas estórias. O livro é desmistificado e transformado num campo de explorações de cada pessoa que o manipula. As crianças produzem novos sentidos com os livros e com todas suas vivências.

Depois as crianças exploram suas possibilidades de expressão através dos desenhos. Sem formas, sem julgamentos. Apenas desenhar e pintar com a alma. Essa experiência de solitude instiga atitudes de autoconhecimento. Desenho porque existo, pois sinto, pois moro num determinado, porque gosto de chuva, amo gato, adoro carros... Um campo aberto para o reconhecimento de si pelas visitas inconscientes à infinitude do ser. “Navegar é preciso...”.


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